quarta-feira, 26 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Chuta que é macumba!
A internet mudou o jornalismo. Sim, isso já aconteceu. Mas 'só' podemos imaginar a revolução que ainda está por vir. Convergência, integração, interação e repórter-robocop são apenas um enasio quando o assunto é essa tal revolução.
Mas isso já é coisa do passado.
Afirmar que as ferramentas de blog, microblogging, postagem de vídeos e fotos, rede de relacionamento e outros instrumentos de expressão - não necessariamente nessa ordem - deram voz e o quarto poder aos cidadãos comuns também é bastante óbvio.
Mas e se, em tempos de queda na exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista, a gente cravar que o internauta é o jornalista do futuro? E que o Twitter é o novo modelo de suporte para material noticioso? Saramago ficaria irritado.
Mas, em tempos de revolução, tudo é possível. Pelo menos até que um novo modelo se consolide.
O Blog do Vizinho foi um bom exemplo disso. Na época do escândalo do mensalão, o diário do vizinho do deputado Roberto Jefferson era uma das páginas mais festejadas da web. E, como o própio titular da página definiu:
O Vj (Vizinho do Jefferson) é o primeiro blog do Brasil a ser cadastrado como imprensa oficial no Congresso Nacional, indicado em 2005 como um dos melhores blogs jornalísticos em língua portuguesa do mundo pela agência de notícias alemã Deutsch Welle. Já ultrapassou 3,5 milhões de acessos. Aceito anunciantes!
Está vendo?
Depois da tempestade, a bonança
O texto The End of Legacy Media, de Jakob Nielsen, postado em 1998, poderia ter sido escrito ontem. O autor disserta sobre os caminhos que se abrem para a evolução dos agentes de entrega de conteúdo com o uso da internet. Mas, ainda segundo Nielsen, apesar de ela ser enorme em possibilidades ela tem suas restrições na outra ponta: o usuário.
No entanto, o que ele não anteviu foi a forma como o tal usuário iria interferir no processo de produção de conteúdo. Claro, as limitações de hardware e de acesso à internet são um entrave para muitas das possibilidades que a grande rede poderia oferecer. Mas ele nunca conseguiu projetar que, na verdade, o usuário pode trocar de papel e passar a ser agente ativo da informação. Como o vizinho. E não um simples personagem da notícia.
Como esse novo ator vai influenciar na nova formatação da já antiga mídia oficial ninguém sabe ao certo.
O caos, mais uma vez
Está em curso uma desintegração da mídia de massa que vai mudar radical e dramaticamente o ambiente das ações de marketing como o conhecemos.
Apesar do viés publicitário, o livro The Chaos Scenario (trecho reproduzido acima), do jornalista e crítico da propaganda americano Bob Garfield, tenta dar prumo a essas mudanças. Ele professa: O negócio de coletar e disseminar informação foi elevado a uma nova dimensão pelas mídias sociais e, para o bem ou para o mal, não há caminho de volta.
Apesar do viés publicitário, o livro The Chaos Scenario (trecho reproduzido acima), do jornalista e crítico da propaganda americano Bob Garfield, tenta dar prumo a essas mudanças. Ele professa: O negócio de coletar e disseminar informação foi elevado a uma nova dimensão pelas mídias sociais e, para o bem ou para o mal, não há caminho de volta.
Em outubro, o "cavaleiro do apocalipse" organiza o evento 30 Days of Chaos. Sabe Deus o que vai sair de lá e, falando sobre o assunto...
...pense rápido: você pode afirmar com 100% de certeza que a bola na imagem do início desse post vai dormir no filó? Nem eu.
Vai arriscar? Talvez só quem tiver estômago para isso consiga ter êxito na nova cozinha. Mas que vai mudar, isso sim, já mudou.
Quer ver? Olha o mapa interativo publicado pelo site do jornal britânico The Independent:
Chuta que é macumba!
Imagem: retirada do site de futebol de mesa da torcida Coralnet.
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